Por que o cliente deve ser o centro do seu sistema de gestão?
Se tem algo importante para saber sobre sistemas de gestão com base na ISO 9001 é que ela tem apenas 2 objetivos: garantir a qualidade do produto e aumentar a satisfação do cliente (o cliente deve ser o centro). Com atenção nisso, a sua empresa tem grandes chances de crescer de maneira sustentável.
Tanto a qualidade do produto quanto a satisfação do cliente estão diretamente relacionados com o cliente. Mas quando e como essas ações se desdobram na nossa organização? Elas estão evidentes para todos?
O cliente deve ser o centro
Não podemos negar que Henry Ford, foi um cara visionário. O seu propósito de tornar o automóvel tão barato a ponto que todos pudessem comprar, revolucionou a indústria em sua época. Além de conseguir cumprir o seu propósito, a técnica criada por Ford (Fordismo), beneficiou muitos setores além do automobilístico, mudando a vida de milhares de americanos e a economia dos Estados Unidos.
Seu foco era ter uma produção mais rápida e eficiente, e para isso exigia que o seu único modelo de veículo (Ford T) fosse fabricado na cor preta por dois motivos:
- conseguir montar os veículos sem ter que diferenciar o processo de pintura e
- como a tinta preta secava mais rapidamente os carros poderiam ser montados em menos tempo.
Ford não aceitava inovações tanto no estilo quanto nas cores pois o foco dele estava no controle! Ele buscava uma qualidade que escalasse a produção. Baixo custo, alto desempenho.
“O americano pode comprar o carro de qualquer cor, desde que seja preto”.
Essa foi a frase dita por Henry Ford um pouco antes da General Motors flexibilizar a sua produção e seu modelo de gestão com foco nos consumidores, entregando a eles o que queriam. Só após perder o pódio para a GM que Ford entendeu que, para continuar crescendo, precisava continuar a ouvir de fato os seus clientes.
Não coloque seus produtos e serviços no centro da sua empresa, coloque o seu cliente
Lincoln Murphy, autor do livro Customer Success, diz que o sucesso do cliente é quando seus clientes alcançam os resultados desejados através das interações com a sua empresa.
Na frase de Murphy, existem dois elementos de extrema importância que não posso deixar passar:
- Resultados desejados; aqui estamos falando do resultado que o cliente precisa alcançar, ou seja, ELE precisa dizer qual é o resultado a ser alcançado, não você.
- Interações com a sua empresa; aqui falamos de todo contato que o cliente terá com a sua empresa, seja em processos, produtos ou serviços.
E na verdade, independente do modelo de negócio em que atua, toda empresa busca isso, mas nem sempre direciona seus esforços para atender os desafios, necessidades e anseios dos seus clientes. Isso requer uma boa análise sobre questões financeiras e de mercado, mas não só isso.
A estratégia da sua empresa deve ser voltada a entregar valor para o seu cliente e ele deve ser o centro desse universo. E mais que a estratégia, a execução deve estar nessa direção.
Como fazer isso na minha empresa?
Vou dizer algumas coisas que a gente pode fazer para iniciar esse trabalho de colocar o cliente no centro do sistema de gestão.
O cliente não pode ser uma entidade mística
Isso acontece quando ninguém conhece o cliente na sua organização. Assim, ninguém o trata como uma pessoa, ele é uma entidade, uma nuvem, uma fumaça, algo intangível. Desta forma, não dá pra desenvolver empatia ou cuidado. Se eu nem sei quem é o cliente, como irei me preocupar com ele?
A culpa não pode ser do cliente
Parece loucura falando assim, mas existem diversas situações onde os problemas da organização são colocados na culpa do cliente: ele é folgado, ele não se interessa, não se engaja… O cliente que não se interessa ou nós que não somos interessantes?
Quando falamos que o cliente sempre tem razão, nos esquecemos que razão vem de MOTIVO. O cliente não fala sem motivo! Se ele reclamou ou trouxe uma percepção, é porque alguma coisa tem ali que pode ser discutida e melhorada.
O cliente deve estar presente nas discussões do dia a dia
E aqui vai um trabalho importante da liderança: conectar o trabalho da rotina com as necessidades e expectativas do cliente. Isso ajuda a ajustar percepções! Questões como essa de “a culpa é do cliente”. Mas muito mais que uma correção de rota, precisamos entender sobre o que o cliente nos ensina na rotina.
O pedido que voltou, a reclamação que apareceu e até o elogio. O que podemos tirar de aprendizado daí e incorporar nos nossos processos? Quando isso estiver sendo trabalhado, o cliente estará cada vez mais presente na vida da empresa.
Superar os desafios com os clientes
A Abyt Holder possui desde sempre processos direcionados a qualidade de serviços para que a intenção de ajudar o cliente a superar o desafio dele fosse refletida na nossa execução.
É um trabalho colaborativo que mostra a relação de parceria e cuidado que a gente busca com o cliente.
O cliente é generoso e nos ajuda a sermos melhores nos apontando quando tropeçamos ou temos alguma incoerência. Somos extremamente gratos aos nossos clientes por contribuírem tanto com nosso crescimento.